domingo, 8 de novembro de 2009

Birras?

Pois é, o nosso garoto deu pra dar showzinhos!

Ai, ai, que dor de cabeça temos quando vivenciamos com nossos filhos a tão “malfalada” BIRRA.

bebe-birrento

Assim, com essa mesma imagem acima, o site do Bebê (da Editora Abril), está alertando seus “leitores pais” sobre a necessidade e o momento de dizer NÃO para seu filho, agindo contra uma das maiores vilãs do mundo infantil, ela mesma: a birra.

A reportagem me chamou completamente a atenção porque aqui em casa, nosso pequeno Davi (com 1 ano e quase 2 meses) está nos “dando alguns bailes” e fazendo valer os sábios conselhos “dos antigos” sobre como educar em repetidas frases tais como: “Faça isso, não aquilo; você vai ver quando forem seus filhos!”. A língua é o chicote da bunda… no sentido de que “aqui se faz, aqui se paga”. Eu sei, eu sei… É feio escrever isso e é feio quando agente ouve, admito, mas que muito das traquinagens que aprontamos quando crianças, nós revivenciamos através dos nossos filhos é verdade e infelizmente, a BIRRA está entre essas peripécias. Mas isso não deve ser interpretado como um “BEM-FEITO” para os pais que foram crianças levadas no passado e sim, um “TUDO BEM” com amor, pra tudo dá-se um jeito!

Quem tem filhos e/ou sobrinhos, saiu para uma passeio em shopping, compras no mercado ou mesmo uma volta no parque e já não viveu esse tipo de situação, vindo a ficar constrangido com os olhares sempre críticos e por vezes comentários maldosos de pessoas próximas?!

Eu lembro que antes de ter filhos, antes até de querer ser mãe (ainda no início do namoro) olhava consternada para os pais e mães que via em lojas de brinquedos e/ou mercados tentando enfrentar e controlar suas “ferinhas” pensando: “coitados, não sabem educar os filhos ou pior (sim, eu era cruel) que tipo de gente sem noção que não sabe controlar os filhos e impor limites, se são assim porque ter filhos?” Já pensaram? E como diria minha avó, haha, hoje pago pelo que falei porque meu pequeno, apesar de ser maravilhoso em todos os aspectos e de encher minha vida de alegria, está descobrindo o mundo e junto descobrindo que pode “manipular” o papai e a mamãe fazendo choro e gritaria… Sim, os bebês aprender desde cedo a copiar e interpretar os adultos, em muitas situações e rapidamente percebem que a manipulação é uma boa ferramenta para se conseguir algo, é aí que entra o alerta para todos os pais.

menina arteira abrindo cereais no chão imagem de reportagem da Crescer

Na reportagem “Birra: a hora de dizer não para a criança”, do site do bebê, a psicanalista infantil e familiar Anne Lise Scappaticci, aponta: “da mesma maneira que sabem que agradam quando são boazinhas, percebem que podem usar a birra para conseguir o que desejam”.

A teima faz parte do comportamento infantil, como uma tentativa de a criança demonstrar certa independência e expressar suas vontades. E aparece por volta de 1 ano e meio de idade. Quando a criança tenta conseguir o que quer através de showzinhos, a dica é dar um pouco de atenção, sem estender a bronca por horas. Você pode dizer que esse “não” é o jeito de conseguir o que ela quer e por causa disso não vai ter mesmo. E não fique assistindo ao espetáculo, a menos que a criança esteja se debatendo e corra o risco de se machucar.

Segundo Vera Iaconelli, psicanalista e coordenadora do Gerar – Instituto de Psicologia Perinantal, se o ataque for muito intenso e você estiver no shopping ou no parque, vale levá-la até o carro para se acalmar e, se for o caso, nem retornar. O problema é acabar com o programa dos irmãos ou da família toda. O ideal é tirá-la do local e mostrar que a birra não levará a nada, que você não mudará de ideia. Vera alerta para outra questão, o excesso de zêlo… “Alguns pais têm tanto pavor da birra que negam tudo, vetando qualquer chance de o filho se revoltar e descobrir por si só o que quer. O equilíbrio está em selecionar o não para coisas realmente importantes, como morder e bater nos outros ou nos objetos, colocar o dedo na tomada, atravessar a rua sem dar a mão.”

imagem de menino chorando do site Getty ImagesCada pai/mãe adota sua própria forma de pedagogia quando se trata de orientar e educar filhos, já que muito da forma como agimos vem dos erros e acertos de quem nos educou, da nossa bagagem pessoal e claro, do conhecimento que buscamos em leituras quase que diárias, mas idependente da família eu sempre defendi e achei que deveria imperar o diálogo, por isso, pelo sim ou pelo não sempre expliquei (e ainda o faço) cada coisa que iremos fazer, onde ir, com quem, com que objetivo e o que é permitido… e justamente nessa linha, me surpreendi quando a reportagem que li aborda as broncas ou sermões, ou seja, o falatório dos pais…

“Até os 5 ou 6 anos, a criança não consegue manter a concentração nas palavras por mais de 20 ou 30 segundos, diz a psicóloga infantil e terapeuta familiar Suzy Camacho, autora do livro Guia Prático dos Pais, fechando a idéia sobre como ao contrário do falatório o importante é os pais terem em mente a implicação de regras claras para prevenir maus comportamentos dos filhos.

E olhem que interessante (ainda nas palavras da mesma profissional),

“Se os pais forem coerentes com o que dizem e fazem, terão um filho disciplinado aos 7 anos e deverá seguir assim pelo menos até a adolescência, quando a rebeldia, uma nova forma de birra, ressurge em intensidade variada, dependendo de como a criança vem lidando com as frustrações”.

E para quem tiver interesse, lembrei de uma outra reportagem que li, na Crescer, que apontava dicas sinceras sobre como lidar com o mau comportamento dos filhos em lugares públicos, como museus, restaurantes, parques, shoppings, mercados ou mesmo na casa de amigos.7

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